sábado, abril 30, 2011
domingo, abril 24, 2011
Delicatesse.
Delicatesse.
Dona de nenhum perigo construo
abismos,
navego olhares, mordo palavras, engulo sonhos.
Eu provo da
loucura folhas de outonos dourados
e mastigo sentenças não
aprovadas.
Violento sorrisos sem medo de culpas,
se você não gosta não
chegue perto, eu ardo.
Minha boca tem o antídoto para vontades,
a fina
poeira de ventanias em olhos irritados.
Na pele uma fogueira enfeita de
laço corpos,
e peco, peco tanto que já virei perdão
na dança única dos
delírios
de prender entre as pernas o coração de quem amo.
Fica quem
vence a fera, alcança a fêmea,
parte quem não chega, aquele que eu não
espero.
Eu bebo do gozo o prazer de estar parte
do que me faz inteira no
alheio respirar ofegante.
Escolho o que não sei, observo jogos,
se
jogo não desperdiço cartas - lanço-me nua.
Mando andar quem não é
encaixe,
costura exata ao meu querer doce, inocente e feroz.
Eu sou a
oração do meu verso,
carne da minha letra, sexo da minha voz.
Rouca
postura no caminho dos destemidos,
enraizados filhos do sol, filtros que
fabrico.
E de tantas passagens que são passado
eu sou o agora todo o
tempo e o ontem presente.
No ventre a evolução das estações raceiam,
na
alma guerreia a menina e a sábia -- mundo.
Dona de mim e do espelho sou
índia,
sou filha, sou mãe, sou pátria.
Se engasgo o seu passo fique
longe,
sou indecifrável esfinge aos tolos: sou mulher!
Eliane Alcântara.
♪ Músicas online grátis! Acesse: www.powermusics.com
Dona de nenhum perigo construo
abismos,
navego olhares, mordo palavras, engulo sonhos.
Eu provo da
loucura folhas de outonos dourados
e mastigo sentenças não
aprovadas.
Violento sorrisos sem medo de culpas,
se você não gosta não
chegue perto, eu ardo.
Minha boca tem o antídoto para vontades,
a fina
poeira de ventanias em olhos irritados.
Na pele uma fogueira enfeita de
laço corpos,
e peco, peco tanto que já virei perdão
na dança única dos
delírios
de prender entre as pernas o coração de quem amo.
Fica quem
vence a fera, alcança a fêmea,
parte quem não chega, aquele que eu não
espero.
Eu bebo do gozo o prazer de estar parte
do que me faz inteira no
alheio respirar ofegante.
Escolho o que não sei, observo jogos,
se
jogo não desperdiço cartas - lanço-me nua.
Mando andar quem não é
encaixe,
costura exata ao meu querer doce, inocente e feroz.
Eu sou a
oração do meu verso,
carne da minha letra, sexo da minha voz.
Rouca
postura no caminho dos destemidos,
enraizados filhos do sol, filtros que
fabrico.
E de tantas passagens que são passado
eu sou o agora todo o
tempo e o ontem presente.
No ventre a evolução das estações raceiam,
na
alma guerreia a menina e a sábia -- mundo.
Dona de mim e do espelho sou
índia,
sou filha, sou mãe, sou pátria.
Se engasgo o seu passo fique
longe,
sou indecifrável esfinge aos tolos: sou mulher!
Eliane Alcântara.
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terça-feira, abril 12, 2011
Não são eternas as conquistas.
Não são eternas as conquistas.
Falta em meus lábios o beijo primeiro,
aquele que eu apenas sonhei.
O doce gosto do amor eterno
que já nem sei se o alcancei ou alcançarei.
De andar em olhares perdidos
penso que me perdi nos carinhos efêmeros,
nas loucuras das promessas deslizantes
que nunca ousaram ser raízes.
Dopada de mim, de esperas tamanhas,
resta no caldo das horas segundos tristonhos,
e a que momentaneamente agora sonha
explode em alegria a verdadeira ilusão.
Há em meu peito o contraste das coisas,
a estrada dos loucos, dos observadores os passos.
É que sou persistente fogueira,
ardo onde não imaginam.
Falta-me algo, estar completa seria o fim.
Eliane Alcântara.
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