Poema ilustrado por Maria Bonfá.
Deixa.
Deixa eu morrer de te amar
e não desperte o dia de ser comum.
Deixa eu ficar esquecida em teu corpo
e beber de tudo o que me der teu cheiro e gozo.
Muito louca deixa eu lamber tua alma
e respirar teus desejos sacanas.
Deixa eu me sentir viva em tua carne,
o tempo sabe bem o que fazer com a paixão.
E se for pouco deixa a exaustão sorrir
tudo o que há de despudor em minha boca,
minha felicidade começa com o teu prazer.
Molha meus dias...
Eliane Alcântara.