domingo, novembro 23, 2008

Todo dia há caça.


Todo dia há caça.

Avanço o retrocesso cama,
faminta figura nua em pêlo,
dentes cravados no pescoço, gesto,
movimento certo, interposto.

Sem demoras ou pressas
presa fareja-me completa.
Devora armadilhas, aprende,
apreende e viro caça.

Certeira promessa esperneio,
geme comigo
caçador e caça que somos
no dilúvio prazeroso do sim.

Adormecemos.
Há sinal de bom tempo.
Recomeçamos.
Somos vício dos nossos lazeres.

Eliane Alcântara.

sábado, novembro 22, 2008

Toques.


Toques.

No cetim de minha pele
o desejo de ser acariciada
feito pluma pede seu amasso.


Eliane Alcântara.